domingo, 8 de março de 2009

O NOME DE NOSSO SEMELHANTE

Vivo em paz porque estou quieto em meu amor.
Logo me desoriento porque ouço trovões e tiros.
É assim mesmo a erosão da segurança celeste.
Não estamos no céu, mas ele pode estar em nós,
Sustentando as nossas estrelas e a imensidão.
Vivo para a paz, é melhor, na inquietude de amar.
Logo poderemos nos orientar juntos para a luta,
Evitando que a condição humana nos ultrapasse,
Permitindo que a responsabilidade seja terrena,
Tão contemporânea quanto espontânea e afetiva,
Que consagre a ética do lidar e não a bela idéia
De sermos mais ser-em-doação do que humanos.
E só então termos o nome de nosso semelhante.

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