terça-feira, 12 de maio de 2009

SUPREMA

A musa vestiu o poema,
Nadou de roupa no mar.
Enrolou-se numa nuvem,
Choveu-se, enlameou-se,
Despiu-se dos versos,
Esfregou-se nos deuses.
Que eles se sujem!

Fernando Pessoa fêmea,
A poesia de um teorema,
A charada que extasia,
O buscando de um achado,
Todas as noites num dia.
À toa, labutam muitas.
Nas lutas se esvazia,
Ao se bastar, suprema!