terça-feira, 10 de março de 2009

A MÁGICA DA VIDA

Oh Céus, que distraem os pássaros na ilusão de
que a liberdade está solta quando só revolta!
Oh Céus de todos os matizes e precipícios,
de abundância restrita às tempestades sem início!
Esqueçam os reinos de desmandos e sacrifícios -
Do outro lado de seus azuis os leões são mais humanos!
Trague os magmas dos penhascos vulcânicos a borboleta do destino,
para que os Céus renasçam dos oceanos.
As dores das profundezas não passam de fáceis escolhas,
quando o que temos pela frente é uma difícil colheita de acasos.
Oh Céus de magnólias secas e tulipas sem pensamento!
Devolva as estrelas para que os corações sirvam aos desígnios
este seu Deus que já se desvirtuou nos ardores da raça da razão.
Céus, quem são vocês que não suportam o claustro da Terra?
Réus da ventania, culpados de desertarem da luta dos homens...
Não neguem o bálsamo das brisas às tristezas outonais de abril.
Entreguem-me a mágica intacta, arranquem-na destes maxilares.
Preciso encontrá-la exuberante de vocês, febril, lúdica, imaginária!

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