TABAPUÃ
Tem um lugar no meio do nada
onde há tudo que a vida requer:
calor, praça, lonjura, espera, paz.
Espaço oco que serve de ninho
para o sol por seus ovos de luz,
chocar filhos de energia mansa.
Onde quem está quer sair,
quem entra quer ficar...
e pode ser a mesma pessoa.
Onde está quem nunca foi,
que viria pra sempre depois,
mas foi ficando, permaneceu.
Neste recanto plantaram ruas,
semearam quarteirões e casas,
para que habitantes florissem.
Protegendo a cidadela, as canas
doces, bois inermes de guampa,
dóceis, e da cor da paz ecológica.
Em vez de mar, canavial bravio.
Como ilhas, seringais sombrios.
Farol? A luz de quem vem longe.
Todos são paragens sem saudade.
Palmares de Zumbi, ou Macondo
de Cem Anos de Solidão, pronto:
Temos mais que Maracangalha.
Temos Conselheiro no próximo.
Vive-se fraternidade de Canudos.
Cada qual no fundo tem um lugar
Que um dia emerge e se espalha,
Para os lados, para cima e abaixo.
Era fantasia e hoje, mais que real,
Toma conta de muitos dos avessos
que escondemos a qualquer preço.
Precisamos deixar o coração levar
A carne que nasceu numa origem,
O espírito que navega sem zarpar.
Num breve acaso, mais que mero,
Encontramos sem pressa o rumo,
Começamos tudo de novo, do zero.
Tem um lugar no meio do nada
onde há tudo que a vida requer:
calor, praça, lonjura, espera, paz.
Espaço oco que serve de ninho
para o sol por seus ovos de luz,
chocar filhos de energia mansa.
Onde quem está quer sair,
quem entra quer ficar...
e pode ser a mesma pessoa.
Onde está quem nunca foi,
que viria pra sempre depois,
mas foi ficando, permaneceu.
Neste recanto plantaram ruas,
semearam quarteirões e casas,
para que habitantes florissem.
Protegendo a cidadela, as canas
doces, bois inermes de guampa,
dóceis, e da cor da paz ecológica.
Em vez de mar, canavial bravio.
Como ilhas, seringais sombrios.
Farol? A luz de quem vem longe.
Todos são paragens sem saudade.
Palmares de Zumbi, ou Macondo
de Cem Anos de Solidão, pronto:
Temos mais que Maracangalha.
Temos Conselheiro no próximo.
Vive-se fraternidade de Canudos.
Cada qual no fundo tem um lugar
Que um dia emerge e se espalha,
Para os lados, para cima e abaixo.
Era fantasia e hoje, mais que real,
Toma conta de muitos dos avessos
que escondemos a qualquer preço.
Precisamos deixar o coração levar
A carne que nasceu numa origem,
O espírito que navega sem zarpar.
Num breve acaso, mais que mero,
Encontramos sem pressa o rumo,
Começamos tudo de novo, do zero.
(Foto da Fazenda Água Milagrosa: Rogério Dutra Pereira)