BANHO DE TEMPESTADE
Ela adora caminhar na praia em julho, com chuva, sozinha.
Ela afoga as mágoas de inverno banhando-se na tempestade.
Enquanto vai subindo o nível das águas, vai se despindo,
e a nudez transborda da ânfora aflita que é sua fisiologia.
Aqueles líquidos onipresentes invadem a baía e entram
no porão dos hormônios, que também vão se elevando.
Ela deseja um naufrágio para se salvar em meio à ventania.
A Lua depois desmorona sobre seus cabelos salgados.
E no pesadelo da orla um tropel de cavalos de espuma
arranca da areia aquele resto sensual de naufrágio.
E ela se apruma, rostro em riste, na proa do calado.
Ela afoga as mágoas de inverno banhando-se na tempestade.
Enquanto vai subindo o nível das águas, vai se despindo,
e a nudez transborda da ânfora aflita que é sua fisiologia.
Aqueles líquidos onipresentes invadem a baía e entram
no porão dos hormônios, que também vão se elevando.
Ela deseja um naufrágio para se salvar em meio à ventania.
A Lua depois desmorona sobre seus cabelos salgados.
E no pesadelo da orla um tropel de cavalos de espuma
arranca da areia aquele resto sensual de naufrágio.
E ela se apruma, rostro em riste, na proa do calado.
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